As fontes e os chafarizes do Porto

 

Hoje, as fontes e os chafarizes do Porto são percebidos pelos turistas como curiosidades arquitectónicas. Ainda corre água das suas bicas, mas é fácil esquecer papel importante que tiveram no desenvolvimento urbano da cidade.

 

 

 


Fonte das Oliveiras, na praceta ao lado da Rua Mártires da Liberdade

 


Chafariz adossado à parede exterior da Cadeia e Tribunal de Relação

 

 

 

A distribuição de água sempre era uma das necessidades de qualquer comunidade. O crescimento do Porto no século XVIII levou a Câmara Municipal a manter um «mestre das águas»,44 sob cuja direcção se construíram, limparam e consertaram os aquedutos, as fontes, os chafarizes e os tanques. O subsequente aumento na construção de uma rede rudimentar de água canalizada levou consigo a preocupação de fornecer à cidade água limpa. Contudo, de muitas destas fontes veio água impura. Devido a isso e ao problema geral de saneamento, foram frequentes as epidemias de cólera, tifo e até de peste bubónica em 1899. 45

As fontes criadas nessa altura foram usadas até ao século XIX, se não mais tarde, mas a construção de chafarizes novos não se limitou aos setecentos: em 1885, a Câmara Municipal iniciou a construção do Chafariz dos Leões (perto da Igreja do Carmo e a antiga Faculdade de Ciências).46


Uma onte perto da Rua das Taipas; um pormenor da bica da Fonte das Oliveiras, Rua Mártires da Liberdade; a bica de uma fonte no bairro de Miragaia

 

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Notas

44 Joaquim Jaime B. Ferreira Alves, O Porto na época dos Almadas: arquitectura, obras públicas. Vol. I. (Porto: Câmara Municipal do Porto, 1998), 256.
45 Ramos, Luís Oliveira, ed., História do Porto (Porto: Porto Editora, Lda., 1995), 505.
46 idem, 503.

Bibliografia